quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Estou olhando os frutos repousados


e as pequenas sombras alongadas


sobre a mesa de madeira e pedra.


A brisa entra por uma porta antiga.


Uma pétala branca cai de uma flor branca.


Sou, mais do que sou, estou


na perfeição das coisas que me envolvem.


Repouso na sinuosa exactidão.


António Ramos Rosa

in A Rosa Esquerda


3 comentários:

Mare Liberum disse...

Ramos Rosa um dos maiores poetas contemporâneos vivos. Um algarvio que muito gosto de ler.

Beijinhos

Bem-hajas!

oceanus disse...

... gosto imenso das tuas escolhas!

E este é mais uma das tuas sensibilidades... lindo!

bjos

profundus

Joaquim Moedas Duarte disse...

A exacta medida das palavras!
A grande poesia!

Beijinho