" A nossa memória já não existe. O berço da civilização, da escrita e das leis foi queimado. Só restam cinzas." Ouvi este comentário em Bagdade a um professor de História Medieval[...] Quando disse isso, abandonava a moderna estrutura da universidade, de onde tinham saqueado, sem excepção, os livros da biblioteca e destruído aulas e laboratórios.[...]
Começa assim a Introdução desta obra de Fernando Báez. E depois somos levados pela imensa e estranha vontade de perceber como se justifica este "memoricídio" no Iraque dos nossos dias... e não paramos até ter percorrido todas as etapas da História Humana, do Mundo Antigo, aos livros electrónicos!!!!
Um livro que descobri um dia destes ...e que hoje veio parar às minhas mãos!!!! Em nome de todos quantos já li. Do prazer da leitura. Da companhia que me fizeram. Da imaginação que me proporcionaram. Por todos quantos ainda quero ler!!!!!Mas, e sobretudo, pelo enorme respeito que tenho pelos livros.
E porque a sua destruição é algo que me perturba de forma tremenda. No entanto, em muitos momentos da História humana foram os livros destruídos!!!! Báez faz, nesta sua obra, um levantamento dessas trágicas e irreparáveis perdas. E sentimo-nos tocados por este inquietante aviso :
" Lá , onde queimam livros, acabam por queimar homens."- Heinrich Heine, Almanzor, 1821
3 comentários:
Obrigado, Avelã, por esta chamada de atenção.
Hoje os "libericídios" são mais subtis e sofisticados, como bem sabemos.
Mas há sempre alguém que resiste. E denuncia.
Boa leitura!
Bjnhs
Tantas foram já as bibliotecas destruídas que considero inaceitável que o Homem não compreenda ainda quão importantes são para todos nós as memórias que eles conservam.
Um livro a ler. Não me restam dúvidas.
Bem-hajas, amiga!
O livro é uma arma muito poderosa...
Bom resto de fim de semana.
Cumprimentos
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