quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A fúria dos elementos...

Noite alta. Um som diferente interrompe os sonhos. Os olhos mal abertos custam a reconhecer os contornos do quarto de dormir. As persianas da janela agitam-se em espasmos. Pela rua um ruído intenso, quase um urro, quase um uivo imenso. As árvores perderam as folhas e os ramos parecem contorcer-se nas dobras e redemoinhos de vento que as aspiram. Sobem folhas, pedaços de papel, bocados de plástico quebrado, num torvelinho, ultrapassando varandas e telhados...
Os momentos parecem interminavelmente inquietantes.O tempo recusa-se a passar sem que se cumpram as vontades do vento.O sono esgueirou-se para a preocupação, para o temor, da noite agitada.

Pela manhã, as notícias. A dimensão exacta dos acontecimentos. A temperatura quente do dia, num contraste de rigores sazonais, estranhos, inusitados.E todas as transformações da paisagem...


3 comentários:

Joaquim Moedas Duarte disse...

A terrível realidade do temporal desta noite, nas tuas palavras tão sentidas.

Estamos juntos!

Bj, Avelã!

Lilá(s) disse...

É assim o inverno, ele chegou.
Feliz Natal
Bjs

GS disse...

Tem sido, sem dúvida, um tempo fustigante para esta época do ano!

Deixo, querida amiga, meu abraço muito fraterno.
Sereno Natal!

Um beijo,