E o Pintor das Penumbras, já sem tintas, Larga a chamar o mágico das sombras! E o grão Pintor das coisas mortas, pinta-as...
"Vem com os tons de nuvem para leste, Por onde o sol viu o dia mais contente" Diz-lhe o das tintas vagas! - Tarde agreste... Vão cheias de oiro as portas do Poente...
"Detém o braço dos heróis, o músculo À raiva das enxadas que eu contemplo! Dá-lhe o teu oiro, ó névoa do Crepúsculo...
"Vês as sombras da Tarde? Anda acendê-las À luz da minha sombra...Olha, o meu templo É um negro céu com lâmpadas de estrelas".